Portal da entrada da
cidade (em construção), com revestimento em rocha quartizitica.
Nova Matriz de São
Francisco de Assis.
Porto Urbano – Travessia
de Balsa
Bangalô
Detalhe da fachada do
edifico Bangalô.
Sino da Velha Matriz de
São Francisco de Assis – Exposto no pátio da Casa paroquial.
Detalhe do sino da Velha
Matriz.
Residência em restauração
na AV. 3 de Fevereiro próxima ao Bangalô.
Em primeiro plano
quiosques do Interlagos Hotel ao fundo o lago de furnas e a periferia da
cidade.
Fonte: PMC,
1999.
Em breve Imagens do
Quilombo "O Fala" |
Histórico:
Formação do município.
A capela
Em 1838/39 a doação
foi formalizada a São Francisco de Assis e do pequeno do arraial da Fazenda
pelo Benfeitor, o fazendeiro, José Bernardes. A paróquia foi criada em 09 de
Maio de 1856. O Arraial foi criado no entorno da capela:
Tem base?
O padroeiro: São
Francisco.
Segundo conta a tradição
foi um pagamento de promessa a São Francisco de Assis, feito por Dona
Esméria Angélica da Pureza, esposa do Capitão José Bernardes Ferreira Lara,
que doou terras para o patrimônio da Capela, juntamente com Felizberto
Martins Arruda e Cândida Soares do Rosário.
A criação do
distrito e a emancipação política-administrativa
O distrito de São
Francisco de Aguapé foi criado em 28 de Maio de 1856 pertencente a comarca
de Dores de Boa Esperança. E foi elevada a categoria de vila (equivalente a
cidade), pelo Decreto 6.416, passando a chamar-se de Guapé, instalada em 03
de Fevereiro de 1924. O nome é uma abreviação de Aguapé – Planta aquática
que na língua indígena significa “Caminho nas águas”. O primeiro
prefeito foi Dr Passos Maia que administrou a cidade por doze anos. E o
primeiro Juiz da comarca foi o Bacharel Pedro de Oliveira Braga.
A formação
do lago de FURNAS...
No final da década de 50
do século passado, com a criação da Usina Hidrelétrica de FURNAS, boa parte
da cidade ficou submersa. Até parece uma ironia, o nome da cidade que
significa “caminho na água” iria com o enchimento do lago ficar
parcialmente tomada pelas águas. Com o fechamento das comportas as águas
subiram rapidamente e estava instalado o caos na cabeça do Guapeenses, tanto
na zona urbana quanto na zona rural. Os proprietários não foram indenizados
de forma satisfatória, houve uma subvalorização das propriedades, isto sem
falar no impacto cultural. A escritora Raquel de Queiroz, em artigo
publicado na revista “O Cruzeiro”, de 23 de fevereiro de 1962 confirma as
desilusões do nosso povo: “Mas parece que a tragédia maior é a questão
das desapropriações. Alegam que foram feitos a preços baixos, tão baixos que
não permitem aos forçados vendedores comprarem com aquele dinheiro casa ou
sitio na cidade nova, onde os terrenos são objetos de medonha especulação.
Afirmam que certo terreno, adquirido por dois milhões de cruzeiros, está
sendo dividido em dois mil lotes, a preços que vão de 90 mil a 250 mil
cruzeiros – numa média de 150 mil por lote – dando aos especuladores, nesse
simples pedaço de terra, um lucro de 298 milhões de cruzeiros”. Será
daí que surgiu.
No dia 19 de janeiro de
1963, as águas atingem as partes baixas de Guapé, na altura do prédio dos
correios, situado a 100 metros da Matriz de São Francisco de Assis. O velho
sino retirado da saudosa Matriz permanece exposto no jardim da casa
paroquial (cf. ilustração ao lado).
Em março de 1965, o lago
de 1.440 Km2, cinco vezes maior que a Baía de Guanabara, estava
completo e suas águas chegaram aos alicerces do Bangalô, ficando como
testemunho da grandeza da arquitetura local. É pertinente registrar que
quatro décadas após a submersão da cidade, alguns dos moradores restauram
suas residências, mostrando assim a pujança arquitetônica da época. É
importante que um monumento como o Bangalô seja inserido num projeto de
restauração, garantindo assim para as gerações futuras o registro de uma
época áurea sul mineira. O lago artificial inundou 206 Km2 do
município.
Os anos seguintes foram
de muita angustia e tiveram que conviver e sobreviver com as terras ácidas
do cerrado, pois as terras férteis das várzeas do Rio Grande e
principalmente do Rio Sapucaí ficaram submersas. As técnicas de manejo dos
solos eram incipientes, somente na década de 70 é que os cerrados e as
capoeiras são ocupadas pela agricultura moderna. Os cafezais e as pastagens
cultivadas trazem uma nova dinâmica a economia local e regional. A
assistência técnica da ACAR (atual EMATER), e dos Institutos de pesquisas
possibilitaram o uso agrícola moderno e competitivo, inserindo a região na
produção de grãos, carne e leite.
A mineração em Guapé é
outro setor econômico que merece destaque. A extração do quartizito começou
em 1974 no município, sendo uma das cidades pioneiras na região. E segundo
Correia (2003), a atividade mineradora é responsável por 1/3 da arrecadação
de impostos.
Não podemos de deixar de
destacar o potencial turístico do município. O parque do paredão é um dos
principais pontos turísticos. Entre as várias cascatas podemos destacar:
Cachoeira do buracão na divisa com Ilicínea e a do Garimpo na localidade das
Areias.
|